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domingo, 24 de abril de 2011

Sem criatividade

"... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso."




Clarice Lispector

sábado, 16 de abril de 2011

Boberinha




Quanto tempo, mentira... Quanta falta de criatividade, e daí que vem o meu medo, aquele meu maldito medo de escrever coisas absolutamente nada haver e decepcionar os meus leitores. Ou melhor dizendo é pelo fato que eu sempre me decepciono com os meus textos em momentos que to assim...

Bom ontem não estava tocando nenhuma musica romântica, o tempo não estava propicio para textos tristes, é um final de semana e eu tinha tudo pra ta aproveitando, até a musica que tocava no rádio me empolgava para chegar em casa e ir direto para uma balada.
Que nada ando meio desanimada, ou melhor dizendo novamente eu sei que não estará animado se você não estiver. Você!
Sempre cito essas coisas sem citar os ditos cujos nomes, certo? Ah ninguém aqui entenderia ou saberia ou ficaria mais interpretativo o texto se eu contasse esse nome, enfim isso pertence a uma certa pessoa que anda mudando a minha vida, minhas vontades meu animo. Risos.
Engraçado pelo menos pra mim as situações sempre são as mesmas os personagens é que mudam... Caramba fiz uma enorme introdução pra dizer uma coisa tão simples.
Ontem a ida pra faculdade foi a das mais terríveis, pois é eu queria estar em casa e curtindo com aquele que citei que anda mudando os meus rumos...
Mais eu não pude e vejo concretamente a famosa frase, “Nem tudo o que a gente quer a gente pode.”
Mais sabe a esperança insiste em falar baixinho no meu ouvido “...se acalme o melhor esta por vir ainda.’’ Daí o que é mais triste que isso? Talvez chorar pela falta da esperança?
Não sei ao certo, mais ontem pra mim foi mais uma daquelas noites iguais a todas as outras... Dando a vida pra adivinhar com quem ele tava e o que ele tava fazendo, risos.
Chegar em casa cumprir com as minhas monótonas obrigações, dormir e agradecer pelo meu dia.
Pode parecer que eu estou reclamando, mais não. O pior é que não.
Apenas estou relatando pra inúmeras pessoas o que UMA deveria saber: - eu não sei o que eu faço, a dita tal pessoa não sai da minha cabeça, dos meus sonhos e das minhas mais intimas e loucas vontades.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Um alicerce





Depois que fiz o que fiz, ainda não consigo analisar ao certo o que eu ganhei, quem sabe, irei percebendo aos poucos. Por enquanto o primeiro prazer tímido que estou tendo é o de constatar que perdi o medo do feio/ ah e isso realmente nomeio como uma coisa ótima, posso ate falar que essa perda é de uma tal bondade. É uma doçura.
E ao mesmo tempo, de que me adianta? Se o que eu realmente preciso não esta aqui e eu nem posso ter quando eu quero. Daí vem a parte ruim e amarga dessa fase tão boa e doce.
Mas agora acho que descobri, me trato como as pessoas me tratam, alguma coisa como: sou aquilo que de mim os outros vêem.
Quando fico sozinha não existe uma queda em mim, apenas alguma coisa do tipo que estou a menos um, daquilo que eu sou com os outros, isso sim sempre foi a minha naturalidade!
Acredito muito que o que não muda é o fato que a gente muda sempre! Mais isso é minha naturalidade, repito.
Relativamente eu sou uma pessoa sincera. Não minto para formar verdades falsas. Mas usei demais as verdades como pretexto. A verdade como pretexto para mentir. Foi ai que eu errei, se não tivesse tornado toda a situação desse começo embaralhado que criei falando que não consigo analisar o que ganhei, talvez hoje as coisas poderiam estar um pouco mais resolvidas.
Mas tenho que tomar cuidado de não confundir defeitos com verdades.
E pra não ter uma existência apenas profunda, fico me assegurando que sempre na cozinha tem uma chaleira em fogo baixo, pra o que der e vier eu ter em mente que sempre, há qualquer momento eu tenho água fervendo.